A seis meses da eleição, cenário ainda é indefinido para a disputa.
Prazo para se filiar às legendas terminou no último sábado (2).
A seis meses das eleições municipais, a Prefeitura de Curitiba conta com pelo menos 23 pré-candidatos ao cargo. As candidaturas serão oficializadas apenas nas convenções que ocorrem no mês de julho, mas com o fim do prazo para troca de legenda no último sábado (2), os partidos já começam as articulações para escolha dos nomes e as possíveis coligações para a disputa.
PDT
Eleito em 2012, o atual prefeito Gustavo Fruet deve buscar a reeleição pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT), pelo qual obteve o mandato. Antes de chegar à prefeitura da capital, Fruet foi vereador entre 1997 e 1998, e deputado federal por três mandatos entre 1999 e 2010.
O pedetista deve contar novamente com o apoio do Partido Verde (PV), que já integrou a coligação vencedora do pleito anterior.
PT
Já o Partido dos Trabalhadores (PT), que indicou a vice-prefeita Mirian Gonçalves na chapa de Fruet em 2012, desta vez deve lançar candidatura própria.
O mais cotado para concorrer pela legenda é o deputado estadual Tadeu Veneri, que está no terceiro mandato consecutivo na Assembleia Legislativa do Paraná e participou de duas legislaturas como vereador de Curitiba, entre 1995 e 2002.
PSB
O ex-prefeito Luciano Ducci (PSDB), que exerceu o cargo entre 2010 e 2012, tenta voltar à prefeitura pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB). Ele era vice-prefeito de Beto Richa (PSDB) e assumiu a função quando o tucano deixou o posto para ser candidato ao governo do Paraná.
Ducci foi candidato à reeleição em 2012, mas não chegou ao segundo turno da disputa, ficando atrás de Fruet e Ratinho Junior.
PSD
Ratinho Junior trocou recentemente o Partido Social Cristão (PSC) pelo Partido Social Democrático (PSD).
Na mudança, ele afirmou que pretende avaliar durante o primeiro semestre se tentará novamente a candidatura a prefeito de Curitiba – ele perdeu no segundo turno para Fruet – ou se irá focar-se na eleição para o governo do Paraná em 2018.
Deputado estadual licenciado, ele ocupa a Secretaria de Desenvolvimento Urbano da gestão Richa.
Caso Ratinho Junior não dispute a eleição, o partido pode decidir lançar o deputado estadual Ney Leprevost, que já afirmou ter a intenção de concorrer ao cargo. Leprevost foi vereador da capital por três lesgislaturas entre 1996 e 2006, e exerce atualmente o terceiro consecutivo como deputado estadual.
PMN
Outro candidato em 2012, Rafael Greca deve disputar novamente a prefeitura, desta vez pelo Partido da Mobilização Nacional (PMN).
Ele deixou o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) ainda em 2015 para viabilizar a candidatura na nova legenda.
Greca foi prefeito de Curitiba entre 1993 e 1997, além de ter exercido mandatos como deputado federal, estadual e de ter sido ministro do Turismo no segundo governo de Fernando Henrique Cardoso.
PMBD
O PMDB, por sua vez, deve lançar a candidatura de Requião Filho à prefeitura da capital.
Herdeiro do senador Roberto Requião, que foi prefeito de Curitiba e governador do Paraná, Requião Filho atualmente é deputado estadual em primeiro mandato, e líder da oposição ao governo Beto Richa.
SD
Pelo Solidariedade (SD), o deputado federal Fernando Francischini pretende concorrer ao cargo de prefeito de Curitiba.
Caso se confirme a candidatura, será a primeira tentativa do ex-delegado da Polícia Federal a obter um cargo no Poder Executivo.
Francischini foi eleito deputado federal em 2010, reeleito em 2014, e chegou a ocupar a Secretaria de Segurança Pública do governo Richa, mas deixou o cargo em 2015.
PPS
O Partido Popular Socialista (PPS) deve lançar a candidatura do deputado federal Rubens Bueno.
Ele já foi candidato ao cargo em 2002, e concorreu a vice-prefeito na chapa de Luciano Ducci em 2012.
Bueno ainda foi prefeito de Campo Mourão, deputado estadual e deputado federal em outros dois mandatos. Concorreu ainda duas vezes ao governo do Paraná.
Outro nome cotado no partido é o do vereador Hélio Wirbiski, mas a preferência, segundo o partido, é para a candidatura de Bueno.
PROS
Pelo Partido Republicano da Ordem Social (PROS) o pré-candidato é o professor Ademar Pereira.
Vice-presidente da Federação Nacional das Escolas Particulares, dono de um colégio e de um espaço de eventos, Pereira já foi candidato, mas nunca ocupou cargos eletivos.
(Foto: Reprodução/ RPC TV)
PP
O Partido Progressista (PP) tem como pré-candidata a deputada estadual Maria Victória, que está no primeiro mandato na Assembleia Legislativa.
Ela é filha da vice-governadora do Paraná Cida Borghetti e do deputado federal Ricardo Barros, ambos também do PP.
vermelho, saiu da disputa (Foto: Divulgação/PSOL)
PSOL
No Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), três pré-candidatos disputam a indicação para concorrer à prefeitura da capital.
O partido deve decidir em conferência municipal no domingo (10) entre Xênia Mello, Luiz Felipe Bergmann e José Odenir.
Bruno Meirinho, que foi o candidato do partido nas eleições de 2008 e 2012 chegou a participar dos debates do partido, mas anunciou no sábado (2) a desistência.
PSDB
O Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) conta com cinco pré-candidatos ao cargo. São eles: o deputado federal Paulo Martins, que deixou o PSC na janela de troca de partidos em março; o secretário estadual de Saúde Michele Caputo; o presidente da Sanepar Mounir Chaowiche; e os deputados estaduais Mauro Moraes e Mara Lima.
Rede Sustentabilidade
A Rede Sustentabilidade tem dois pré-candidatos à prefeitura da capital. Um deles é o vereador Jorge Bernardi, que trocou o PDT pela nova legenda e está no sétimo mandato na Câmara de Curitiba – que presidiu entre 1989 e 1990.
O outro pré-candidato é Eduardo Reiner, auditor fiscal do trabalho que foi candidato a deputado federal em duas oportunidades – 2010 e 2014 – e participou da fundação da legenda.
PR
O Partido da República (PR) estuda lançar a candidatura de Christiane Yared à prefeitura da capital. Deputada federal em primeiro mandato, ela foi eleita em 2014 com o maior número de votos no Paraná e assumiu o primeiro cargo público.
Mãe de uma das vítimas do acidente provocado pelo ex-deputado estadual Luiz Fernando Ribas Carli Filho, ela tem a segurança no trânsito como uma das bandeiras de atuação política.
O partido também considera o cenário de coligações na qual o vereador Paulo Rink, ex-jogador do Atlético-PR, poderia compor chapa como candidato a vice-prefeito.
Outros partidos
O G1 apurou com as direções das legendas que o Partido Ecológico Nacional (PEN), o Partido da Mulher Brasileira (PMB), e o Partido Social Democrata Cristão (PSDC) não devem lançar candidaturas próprias, mas coligar com outros partidos.
O Partido Comunista Brasileiro (PCB), o Partido Pátria Livre (PPL), o Partido Social Cristão (PSC), o Partido Trabalhista Nacional (PTB), o Partido Republicano Brasileiro (PRB), Partido Trabalhista Cristão (PTC), e o Partido Trabalhista Nacional (PTN) informaram que ainda avaliam se devem lançar candidaturas próprias ou estabelecer coligações.
A reportagem não conseguiu contato com o Democratas (DEM), Partido Novo (Novo), Partido Comunista do Brasil (PC do B), Partido Humanista da Solidariedade (PHS), Partido Republicano Progressista (PRP), Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB), Partido Socialista Liberal (PSL), Partido Trabalhista do Brasil (PT do B) e Partido da República (PR). O Partido da Causa Operária (PCO) não tem diretório em Curitiba.