CURITIBA – Após 17 anos de obras, a tão esperada Linha Verde foi finalmente inaugurada em Curitiba no dia 9 de junho de 2024. A inauguração marcou o fim de uma era de construção e o início de uma nova fase de mobilidade urbana na cidade.
O antigo Trevo do Atuba já não existe mais. No local, o conjunto de trincheira, três viadutos e 12 faixas distribuídas em 5 pistas, nos dois sentidos, garantem a fluidez no trânsito e facilitam a conexão entre Curitiba e a Região Metropolitana, fazendo a interseção com a antiga BR-116.
A implantação da trincheira e viadutos, na prática, vai tornar a vida dos motoristas que circulam na região muito mais fácil, pois permitiu a retirada dos semáforos, que causavam congestionamento, oferecendo aos motoristas a liberdade para escolher caminhos com maior conforto e segurança.
Foram liberadas definitivamente aos motoristas as pistas da direita e da esquerda na ligação da Linha Verde com a Estrada da Ribeira, com a Rodovia Régis Bittencourt e com a Rua Mascarenhas de Moraes.
Também foram abertas as vias de acesso e de saída da capital paranaense a Colombo, na Região Metropolitana, a São Paulo, além dos caminhos de acesso para dentro da cidade via bairros Santa Cândida ou sentido Pinheirinho.
3 km de obras
A Linha Verde é o 6º eixo de transporte e de integração viária de Curitiba, que teve as obras iniciadas em setembro de 2007, separadas em lotes Sul e Norte.
O Lote 4.1 abrange quase 3 km de extensão, no trecho norte, com obras executadas desde a altura do Hospital Vita até a concessionária Mercedes/Savana.
Os trabalhos foram os mais complexos de toda a Linha Verde porque incluem as chamadas Obras de Arte Especiais (trincheiras e viadutos), terraplanagem, pavimentação, drenagem, paisagismo, sinalização viária, relocação de postes de energia, semaforização e acessibilidade.
Também contemplam a infraestrutura para as futuras estações Atuba e Solar do transporte coletivo. A implantação das estruturas para as paradas de ônibus pertencem a outro contrato, diferente do lote 4.1, e está com os serviços em execução.
Em sua totalidade, a intervenção no lote 4.1 inclui 12 faixas, sendo uma central com 2 faixas para ônibus, 2 vias marginais com 3 faixas em cada sentido, 2 vias locais com uma faixa cada e 2 faixas para estacionamento. Em alguns trechos a configuração de vias e faixas pode variar.
A obra contempla ainda nova iluminação, novas calçadas, nova sinalização, ciclovia e paisagismo. Ao longo do trecho foram plantadas 1.000 mudas de árvores de ipês roxos e amarelos, que ao longo dos anos transformarão o local em um corredor colorido natural e sustentável.
A execução dos trabalhos aqueceu o mercado de trabalho, abrindo aproximadamente 300 pontos de serviços.
Obras complementares
Obras complementares do Lote 4.1 continuam em ruas do entorno, sem prejudicar o fluxo de carros na região. Pavimentações, calçadas, iluminação e paisagismo estão em andamento, com previsão de conclusão para agosto. Cinco estações-tubo estão sendo implantadas, com previsão de operação após suas conclusões, entre julho e dezembro.
Apesar do avanço significativo com a inauguração do último trecho da Linha Verde em 9 de junho de 2024, a cidade de Curitiba ainda aguarda a conclusão de várias obras associadas ao projeto.
A Trincheira Fulvio Alice, localizada no Bairro Alto, é uma das principais obras pendentes. Prevista para ser entregue em dezembro de 2024, a trincheira promete melhorar a ligação entre Curitiba e a Região Metropolitana.
Além disso, as obras secundárias na Linha Verde continuam em andamento. Estas incluem a finalização da trincheira e a interseção com a antiga BR-116, bem como os serviços de paisagismo nos canteiros entre a pista exclusiva para ônibus e as marginais.
Outra obra importante é a implantação do pavimento na via marginal esquerda da Estrada da Ribeira e em vias que dão acesso à Linha Verde. Essas melhorias prometem facilitar o acesso à Linha Verde e melhorar a mobilidade na região.
Paralelamente às obras da Linha Verde, a Prefeitura de Curitiba está executando o programa Asfalto Novo. Este programa visa a requalificação da malha viária em ruas que ficam em um raio de 1 quilômetro da Linha Verde.
Essas obras, quando concluídas, prometem trazer melhorias significativas para a mobilidade urbana em Curitiba, beneficiando ainda mais os moradores da cidade.