São ofertados no município o Serviço Especializado de Abordagem Social e o Serviço Especializado para pessoas em situação de rua
Em Pinhais, a Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas), por meio do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) oferta atendimento especializado às pessoas que utilizam as ruas como espaço de moradia e/ou sobrevivência, buscando construir um espaço de acolhida, fortalecendo vínculos familiares e comunitários, além de priorizar a reconstrução de suas relações familiares.
No Creas é ofertado dois serviços para essa população: o Serviço Especializado de Abordagem Social e o Serviço Especializado para pessoas em situação de rua.
O Serviço de Abordagem Social realiza a busca ativa no território, ou seja, os profissionais vão até os locais onde estas pessoas permanecem para iniciar os atendimentos, buscando resolução de necessidades imediatas, promovendo a inserção nos serviços da Assistência Social, como também de outras políticas públicas que se façam necessárias. Essa busca também é importante para a identificação e mapeamento da incidência de pessoas em situação de rua do município.
Durante as Abordagens Sociais, os educadores sociais e a equipe técnica do Creas, além da entrega do lanche, buscam estabelecer vínculo com as pessoas em situação de rua, levantar suas necessidades, objetivando o melhor aceite dos serviços por parte destes, principalmente em relação ao retorno familiar ou na impossibilidade desta opção, oferta-se o Acolhimento Institucional, visando a proteção destas pessoas e auxiliando no processo de saída das ruas.
O Serviço Especializado para pessoas em situação de rua tem como finalidade assegurar atendimento e atividades direcionadas para o desenvolvimento de sociabilidades, fortalecimento de vínculos familiares para construção de novos projetos de vida.
Neste serviço oferta-se atendimento técnico individual e em grupo; documentação pessoal; encaminhamentos para saúde, educação, trabalho, cursos; guarda de pertences; higiene pessoal; troca de roupas; acesso a benefícios socioassistenciais; Acolhimento Institucional, etc.
Segundo a Semas, a articulação com a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) é muito importante, pois muitas dessas pessoas apresentam dependência química, condição esta que acaba dificultando a saída da situação de rua.
Também se procura restabelecer os vínculos familiares fragilizados, fazendo contato com os parentes, buscando possibilidades de retorno familiar, quando isso é viável é feito o recâmbio (passagem) para o município de origem.
O acolhimento Institucional é ofertado nos casos em que os vínculos familiares estão rompidos e somente se for a vontade da pessoa atendida.
A Semas possui também o serviço do Plantão Social que funciona de segunda a domingo, das 17h às 8 horas, inclusive em feriados, a fim de intervir em caráter excepcional para interromper imediata e momentaneamente situações de risco social, até que se efetive o atendimento no CREAS. Importante salientar que o Plantão não atende situações em que a pessoa necessite de atendimento médico (desmaios, crises agressivas, traumas físicos, etc), nesses casos deve-se acionar os serviços de emergência da Saúde.
O trabalho em grupo com esta população, que acontece no CREAS, busca contribuir para restaurar e preservar a integridade e a autonomia da população em situação de rua, promovendo ações para a reintegração familiar e comunitária e a construção de projetos de vida.
Assegurar o acesso às Políticas Públicas a essa população é fundamental, pois as pessoas em situação de rua, individualmente ou em grupos, são produtos da profunda desigualdade social, que marca a sociedade capitalista e sofrem diversas formas de violência, como estigmas, preconceito, violência, racismo por parte do Estado e da sociedade, que as criminalizam e as culpabilizam por sua condição.
Quem é considerado população em situação de rua?
Segundo a Política Nacional para a População em Situação de Rua, considera-se população em situação de rua, o grupo que possui em comum a pobreza extrema, os vínculos familiares fragilizados ou interrompidos e a inexistência de moradia convencional regular. Além de utilizar as ruas e áreas degradadas como espaço de moradia e sustento, de forma temporária ou permanente.