A Secretaria de Estado da Justiça, Trabalho e Direitos Humanos (SEJU) reforça a necessidade de cuidados para prevenir o crime de tráfico humano durante o carnaval. “Esse tipo de crime é propiciado por propostas fáceis e enganosas de trabalho, e fica mais comum durante o Carnaval, época que existe uma maior circulação de pessoas. É preciso que a população fique atenta, pois o tráfico humano está por toda parte, à nossa volta, e mais perto do que pensamos”, explica Artagão Júnior, Secretário da Justiça, Trabalho e Direitos Humanos.
O número de vítimas em todo o mundo chega a 2,5 milhões por ano e movimenta US$ 32 bilhões. Desse valor, 86% provêm da exploração sexual de mulheres e meninas, e 58% das aliciadoras são do sexo feminino, segundo informações da Organização das Nações Unidas (ONU).
Dados das Nações Unidas revelam que as mulheres jovens, na faixa de 18 a 21 anos, solteiras e com baixa escolaridade são o alvo principal das redes de aliciamento que operam no Brasil nesta época do ano. Muitos aliciadores são empresários que atuam em diferentes negócios, como casas de espetáculos, comércio, agências de encontro, bares, agências de turismo e salões de beleza.
Outra situação que facilita o tráfico humano durante o Carnaval é que para muitas famílias, que trabalham na informalidade, essa época é uma oportunidade para reforçar sua renda. É comum a presença de crianças e adolescentes nesses locais de trabalho temporário. Silvia Cristina Xavier, coordenadora do Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas do Paraná faz um alerta: “Não podemos deixar que a falta de oportunidade e o fato de não ter onde deixar os filhos façam com que as famílias coloquem os menores nesta situação de vulnerabilidade. É dever do poder público orientar e fiscalizar e, para isso, contamos com a colaboração da população”, complementa.
As pessoas são submetidas à prostituição, trabalho forçado, mendicância, retirada de órgãos, adoção ilegal. É um crime muito bem organizado, que movimenta milhões, negociando pessoas como se fossem mercadorias e roubando a liberdade de dezenas de milhares de pessoas.
DENUNCIE – Em caso de suspeita, a denúncia pode ser feita de forma anônima pelos telefones 100, 181 e 180. Qualquer fato estranho e que chame a atenção, como uma proposta de emprego fácil no Exterior para ganhar muito dinheiro ou trabalho temporário com alta remuneração, podem ser denunciados às polícias Civil, Militar e Rodoviária, que estão capacitadas para encaminhar o caso.
No Paraná – O Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, da Secretaria da Justiça, Trabalho e Direitos Humanos, tem como principal função a prevenção, a articulação e o planejamento das ações para o enfrentamento ao tráfico de pessoas na esfera Estadual.
Para saber mais sobre as ações do Núcleo acesse: http://www.dedihc.pr.gov.br