TEM CARRO DEMAIS

Pelo 2º dia seguido, Curitiba tem frota mínima de ônibus circulando E MUITOS CARROS NA RUA

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O segundo dia de greve do transporte coletivo em Curitiba deixa o trânsito na cidade um caos na manhã desta quinta-feira (16). Há registros de congestionamentos na maioria das ruas de bairros centrais e também em alguns mais afastados. O pico de congestionamento foi registrado no início da manhã e a situação deve voltar a complicar no horário do almoço e fim da tarde. Segundo dados da empresa MapLink, divulgados pela Gazeta do Povo, a capital tinha mais de 110 quilômetros de vias congestionadas por volta das 9 horas de hoje. A média do trânsito para esse horário no mês de março, de acordo com a empresa, é de 70 quilômetros de vias congestionadas.

No site da Secretaria de Trânsito de Curitiba, há registro de congestionamento em várias ruas. A Rua Barão de Guaraúna, no Juvevê, tem tráfego  carregado, nos dois sentidos, no trecho entre as ruas  Rocha Pombo e Guarda-Mor Lustosa. Tráfego intenso também na Rua Emiliano Perneta, da Praça Zacarias até a Rua Desembargador Motta.

O tráfego na Avenida Anita Garibaldi é normal, mas na região da Barreirinha apresenta lentidão entre as ruas Paulo Rodrigues Simões e Professor .
Em Santa Felicidade, a pista da Avenida Manoel Ribas que leva à região dos restaurantes, está com muita lentidão e vários pontos nesta manhã. Veja aqui os pontos mais congestionados.

A corretora Marcia Widmann disse que ficou uma hora no trânsito para fazer um trajeto que levava no máximo 30 minuto. “Saí de Araucária para chegar na região do Mercês às 9 horas e demorei uma hora. Tem carro demais nas ruas. Como vai ser no fim da tarde? Ninguém vai andar”, reclamou a corretora.

Motoristas e cobradores estão em greve por tempo indeterminado. Os sindicatos dos trabalhadores e das empresas estão cumprindo a determinação da Justiça com frota de 50% nos horários de pico, das 5h às 9h e das 17h às 20h. Nos demais horários a frota mínima é de 40%. Na última parcial, 670 ônibus circulavam na região de Curitiba, segundo a Urbs. Com menos ônibus circulando, há filas nos pontos e estações-tubo e os veículos estão com superlotação.

Motoristas e cobradores permanecem em greve em razão do impasse sobre o reajuste salarial. Como a database foi em fevereiro e até agora não houve acordo entre patrões e trabalhadores, a greve permanece por tempo indeterminado.

“ Estamos negociando há 50 dias e até agora não houve uma proposta plausível ou disposição de acordo por parte das empresas, Urbs e Comec. A categoria está mobilizada e vamos ficar parados o tempo que for necessário. A greve continua”, afirmou nesta manhã o presidente do Sindimoc, Anderson Teixeira, em entrevista ao vivo na Rádio Banda B.

A Urbs, informou que, atingida a frota mínima, ficam suspensos novos cadastramentos de particulares. Os 870 cadastrados ontem podem continuar o transporte alternativo de passageiros, mas fora das canaletas.

Greve de quarta

Ontem, no Dia Nacional de Mobilização contra as reformas do governo, por volta das 14h30, o retorno da frota mínima de ônibus começou de forma bastante lenta em Curitiba. De acordo com a Urbanização de Curitiba (Urbs), apenas 17% da frota circulava por volta das 20h15 desta quarta-feira (15). Na região metropolitana, a Comec ainda não informou a parcial. A decisão do Tribunal Regional do Trabalho do Paraná (TRT-PR) estipulou multa de R$ 100 mil por hora a sindicatos dos trabalhadores e das empresas em caso de não cumprimento da frota mínima de 50% nos horários de pico (5h às 9h e 17h às 20h) e 40% nos demais períodos do dia.

Auxiliar administrativa, Josiane de Matos, tentou embarcar para Colombo no Terminal Guadalupe no fim da tarde desta quarta-feira, mas já aguardava um ônibus há mais de 1 hora e meia. “No meu caso, preciso pegar esse ônibus e até agora não chegou. Algumas linhas, como para São José dos Pinhais, até apareceu, mas eu também preciso ir para casa”, disse.

De acordo com o Sindimoc, as empresas foram notificadas exatamente 14h50 pelo Sindimoc de que trabalhadores estavam disponíveis para trabalhar. “Ou seja, logo após o Sindimoc ser notificado pela Justiça, as empresas já foram informadas do cumprimento da frota mínima. Desde então, os trabalhadores estão disponíveis. É responsabilidade das viações, que operam o sistema, e da Urbs convocar os trabalhadores para trabalhar e colocar o sistema para funcionar”, informou por meio de nota.

Em nota, o Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp) contrariou a posição do Sindimoc e afirmou que sindicalistas vem impedindo a saída dos ônibus. “As empresas tentaram durante todo o dia colocar a frota em operação, mas, em muitas garagens, membros do Sindimoc impediam a saída dos ônibus, chegando até mesmo a atravessar os veículos na porta da empresa e esvaziar seus pneus. Isso fere a Lei de Greve, que estabelece que ‘as manifestações e atos de persuasão utilizados pelos grevistas não poderão impedir o acesso ao trabalho nem causar ameaça ou dano à propriedade ou pessoa’ (…) As empresas solicitaram ao Tribunal Regional do Trabalho que defira a presença de um Oficial de Justiça em suas garagens para comprovar o cumprimento ou não, pelo Sindimoc, da decisão judicial que estabelece frota mínima de 50% nos horários de pico e de 40% nos demais horários”, disse em nota.

Impasse

Motoristas e cobradores querem reajuste de 15% e elevação do vale-alimentação de R$ 500 para R$ 977. Já o Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba (Setransp) oferecem apenas a reposição do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) tanto no vale-alimentação quanto no salário, o que representaria 5,43% de reajuste. O Setransp informou que, por enquanto, não há perspectiva de nova oferta.

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